Então sua luta é para sair do seminário, estudar as leis e casar com Capitu.
Bentinho realiza tudo isso mas então ele começa desconfiar da fidelidade de Capitu e manda ela para a Suíça com o filho. Essa desconfiança nunca provada é o grande mistério bastante famoso aqui no Brasil.
Se lerem Dom Casmurro irão encontrar tanto indícios a favor da condenação de Capitu quanto de sua inocência, portanto não adianta fazer uma lista enorme de razão para um veredicto pois haverá uma lista enorme provando o contrário.
O que foi revolucionário nesta questão é o que meu professor de Literatura contou sobre uma nova teoria de estudantes da Unicamp que sugere uma relação gay entre Bentinho e Escobar. O primeiro tentaria então disfarçar e colocaria a atenção do leitor em Capitu.
Essa explicação não é sem lógica, afinal, seminários e conventos não earm antigamente tão santos quanto querem nos fazer acreditar. No entanto me parece muito improvável que Bentinho e Escobar fossem gays e que o primeiro forjaria toda a "culpa" de Capitu para que não descobrissem, não teria nada haver com a história.
Minha Observação final é que diferentemente da minha opinião sobre José de Alencar, eu adorei Machado de Assis. A escrita é ótima e ele sempre faz algum comentário citando momentos importantes da história, ou mitologia; a parte de se dirigir ao leitor eu nem preciso comentar, já tinha adorado essa técnica em O Hobbit e algumas partes de As crônicas de Nárnia, pois nos dá a ideia de que o escritor nos entende.
As melhores partes:
- "Aos quinze anos, há até certa graça em ameaçar muito e não executar nada".
- "Não faça isso, querida, eu mudo de rumo" (para a leitora)
- "..., dona leitora, mas a culpa é do vosso sexo, que perturba assim a adolescência de um pobre seminarista".